K-Pop: entenda como a indústria musical Ocidental é tão abusiva quanto a do K-Pop - Purebreak

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Como a indústria do entretenimento pode ser cruel com seus artistas tanto no K-Pop quanto no Ocidente
Se você conhece K-Pop, sabe que a indústria musical da Coréia do Sul está longe de ser um ambiente saudável para seus artistas. Já falamos sobre várias situações tensas que rolaram com os idols, mas o mercado do entretenimento ocidental não fica atrás no quesito abuso. Por isso, comparamos o comportamento dos dois lados do globo com seus artistas para você entender o que estamos querendo dizer.

Você sabe que a indústria musical coreana não é nada fácil para seus artistas, né? Cansamos de ver os idols sendo tratados de formas nada agradáveis, muitos deles assinam contratos completamente loucos, em que não podem assumir namoro, não podem mudar o próprio estilo, precisam se manter dentro do peso estabelecido pela empresa e muito mais. O mercado de música Ocidental fica pra trás quando se trata de explorar seus artistas e é sobre isso que o Purebreak resolveu falar!

Relacionamentos

No K-Pop, sabemos que alguns idols chegam a assinar contrato com as empresas aceitando não assumir qualquer tipo de relacionamento amoroso enquanto estiverem em seus grupos. Existem casos de cantores que foram expulsos de empresas por terem revelado que estavam namorando, como a HyunA e o Dawn, que acabaram sendo demitidos da Cube Entertainment por terem violado as "diretrizes" de seus contratos.

Todo mundo sabe o inferno que é a vida de alguns cantores ocidentais quando eles resolvem assumir um romance. Os paparazzi não perdoam um minuto e muitas vezes a exposição do namoro desgasta tanto a relação, que eles acabam se separando. E quando um dos integrantes do casal é um anônimo? A coisa fica mais complicada ainda, já que aquela pessoa não está acostumada com todos os holofotes e geralmente não aguenta a pressão de estar com um famoso.

Padrão de beleza

A pressão estética existe em TODAS as sociedades, mas em algumas ela não é tão descarada quanto em outras. Já vimos diversas notícias de artistas que sofrem com distúrbios alimentares, que não aceitam seus corpos ou que são criticados pelo público por estarem acima do peso ou algo do tipo. A única diferença entre o Oriente e o Ocidente é a forma como isso é tratado.

A indústria do K-Pop é extremamente machista e, com isso, o visual das mulheres é baseado num padrão fora da realidade do país. Com isso, muitas jovens recorrem à cirurgias plásticas para modificar seus rostos e dietas para mudarem seus corpos. Na Coréia, alguns idols são "silenciados" por causa do seu peso ou por alguma característica que os fãs considerem fora dos padrões do país.

De uns tempos pra cá, com o crescimento e popularização do feminismo, e outros movimentos de empoderamento, artistas como Lizzo podem conseguem ganhar espaço, em contrapartida, ainda vemos nomes como Demi Lovato recebendo hate por causa de celulite.

Saúde mental

A saúde mental é um assunto bem complicado e não se fala muito sobre na Coréia do Sul. De uns anos pra cá, vemos alguns idols tocando no assunto de maneira singela - ou não - nas letras de suas músicas e em 2019, vários casos de abuso por parte das empresas foram revelados por eles. Nós estamos falando de abusos físicos e mentais como deixar um ser humano sem comer por causa do seu peso, obrigá-los a treinar até a exaustão e mais.

Esses abusos levam os idols ao limite e muitos não aguentam toda a pressão da indústria, resultando no que vemos algumas vezes: o suicídio. Jonghyun e Sulli são apenas dois nomes que podemos usar para exemplificar a situação. Ambos tiraram as próprias vidas e ambos falavam regularmente sobre o cansaço mental, hate ou tristeza.

Se com o K-Pop é assim, podemos dizer que vários famosos de outros lugares também sofrem por causa da fama e do que precisam abrir mão para seguir suas carreiras e se tornarem reconhecidos. O peso de não poder viver normalmente ou por ter que atender expectativas absurdas faz com que muitos também cheguem ao limite e recorram a pior alternativa. Chester Bennington, Kurt Cobain e Chris Cornell são alguns nomes que provam que isso é real.

Dá pra ver que o entretenimento tem dois lados super opostos e muitas vezes não pensamos em toda a luta que os artistas precisam passar para serem aceitos no mercado. Os fãs continuam sendo uma peça fundamental e importante, já que seu apoio e amor podem ajudar os artistas de alguma forma.