Rock in Rio: exigências atípicas, crises e os segredos dos bastidores dos camarins dos artistas - Purebreak

Veja as fotos!
Rock in Rio: exigências atípicas, crises e os segredos dos bastidores dos camarins dos artistas
A internet ficou chocada ao saber as exigências mais incomuns de alguns artistas que irão se apresentar no Rock in Rio 2022. Além de Dua Lipa querer uma mesa de ping-pong, Guns n' Roses exigir 12 camarins e 250 toalhas vermelhas e Demi Lovato pedir um simples espelho de maquiagem, muitas atrações já fizeram exigências bem curiosas ao longo das edições. A coordenadora dos camarins do Palco Mundo do evento, Ingrid Berger, falou com a gente e revelou os maiores segredos de como é trabalhar com isso.

Vários artistas que se apresentarão no Rock in Rio 2022 fizeram exigências bem curiosas. Mas se engana quem acha que eles foram os únicos a fazerem pedidos incomuns para a equipe por trás do festival. Ao longo das edições, o evento contou com muitas solicitações diferentes, crises que ninguém imagina e muitos outros segredos surpreendentes. O Purebreak Brasil entrevistou a coordenadora dos camarins do Palco Mundo, Ingrid Berger, que contou tudo pra gente.

Coordenadora dos camarins conta exigências mais incomuns

Ao contrário do que muitos pensam, pedidos como mesa de ping-pong, 12 camarins e 250 toalhas não soam estranho para a coordenação dos camarins. Berger admitiu que, nas primeiras edições do festival, encarou pedidos bem curiosos, como um tipo de carne-seca americana, kombucha e outros produtos que, hoje em dia, são comuns no Brasil, mas que antes eram bem difíceis de encontrar.

Além disso, ela lembra que já exigiram um parque inflável e até 48 bolas de futebol profissional. Para a coordenador dos camarins, uma banda querer 250 toalhas nem é algo tão fora do comum como pensamos. "As 250 toalhas não são para o artista, é para todo mundo. Se somar toalha de banho e de rosto para cento e poucas pessoas, dá mais de 200", explica.

Berger ainda diz que os pedidos que dão mais trabalho são as "comidas elaboradas". Receitas como algum doce que a vó fazia ou panqueca com um tipo específico de farinha foram algumas dificuldades que ela encontrou. Segundo a coordenadora, sua equipe já teve que fazer quatro vezes uma receita de panqueca até acertar o jeito que o artista queria. Exigências de última hora também dão bastante dificuldade. "Tive a pouco tempo pedido de 18 comidas tailandesas para o jantar que tinha que arranjar em 2 horas", compartilha.

Como lidar com crises durante o Rock in Rio?

Em uma outra entrevista, a coordenadora de camarins admitiu que a banda Gun's n Roses gerava um pouco de medo pelo fato deles poderem não entrar no palco. Berger explica como lidar com situações como essa: "As vezes não é a pessoa em si. Talvez não seja um dia bom, talvez a pessoa não esteja com vontade de ir naquele momento. Nesse universo que a gente fica nervoso porque tem que entrar no palco, vai ser transmitido na TV... o que eu sinto é: 'Muita calma nessa hora'. Já teve artista passando mal, teve outro que de repente queria pintar a unha na hora de entrar no palco e teve que encontrar esmalte, porque não ia subir porque a unha descascou...".

Seu maior mantra para lidar com a confusão que é lidar com as atrações durante todos os dias de Rock in Rio é: "Amanhã eles vão embora". Entender que alguns problemas tem data e hora para acabar e segurar até eles serem finalizados é uma das estratégias usadas por Berger para superar as adversidades. Ela lista algumas coisas necessárias para enfrentar os desafios: "muita calma nessa hora; senso de organização; e timing - o show não tem hora para terminar, mas tem para começar". "O show sempre acontece", tranquiliza.

Artistas que marcaram a coordenadora de camarins

Ainda que não seja muito fã de nenhum artista em particular, a coordenadora fica feliz de poder trabalhar com alguns grandes astros. "Eu me lembro de falar com uma banda grande, uma Rolling Stones da vida, e eu fiquei pensando: 'Que oportunidade única de estar ali e fazer as coisas'", confessa. Entre os artistas que ela lembrar de se orgulhar de trabalhar, ela cita Jack Johnson, Eric Clapton e Sting.

Edições do Rock in Rio mais marcantes para Ingrid Berger

Berger também revelou para gente quais as edições do Rock in Rio foram mais desafiadoras para ela, das 20 em que trabalhou. Ela cita 2001 - "surreal, foi muito legal"; 2011 - "a nossa volta, foi um evento enorme, os camarins ficavam fora da área do Rock in Rio, no Rio Centro"; e a 1ª edição realizada em Madrid - "era tudo novo, tudo do zero. E ver a cidade do Rock nascer e ganhar vida foi um desafio e foi muito bacana fazer na Espanha também", admite.